sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Razão ou Razia?

Fala galera! Essa ano tivemos mais um piloto brasileiro confirmado no grid da Fórmula 1 para a temporada 2013. Trata-se do baiano Luiz Razia, que ano passado foi vice-campeão da GP2.

Razia despontou no cenário do automobilismo depois de faturar a F-3 em 2006. Em 2007 foi pra Europa e entre outras competições chegou a testar na combalida A1GP e na GP2. No final de 2009 foi contratado como piloto de testes da então Virgin, escuderia novata na F1 e que hoje, já com o nome de Marussia, vai receber o brasileiro como piloto oficial. Em 2011 também fez parte da Lotus, quando o nome pertencia a atual Caterham.

Razia testando pela Virgin
Disputou quatro temporadas da GP2, se tornando vice-campeão na última, onde perdeu o título para Davide Valsecchi. Nesse ano de sucesso esteve na equipe Arden, cujo fundador é Christian Horner, chefe da equipe Red Bull na Fórmula 1.

Agora com um cockpit garantido ficam as dúvidas: Razia fez bem em aceitar essa vaga?

Eu penso que não, mas tudo depende de qual meta ele tem pra carreira. Se é daqui alguns anos ser lembrado (ou não) como mais um piloto brasileiro que passou pela Fórmula 1 (como foram Tarso Marques, Roberto Pupo Moreno, Antonio Pizzonia, Luciano Burti e mais um monte) ou se ele quer um dia ser Campeão Mundial de Fórmula 1.

Se a opção de Razia for a primeira, o objetivo foi concluído. Se for a segunda, ficou mais longe...

Mas porque ficou mais longe? Simples...

Ele fazia parte da equipe do chefe da Red Bull, como falei, fez um excelente campeonato, nada mais justo que chamar a atenção do patrão. Seria muito mais interessante manter esse cockpit para a próxima temporada, ter um outro bom ano, talvez saindo campeão, e se tornar o piloto a ser contratado pra 2014.

Com essa entrada na Marussia suas chances estão praticamente reduzidas a pó. Provavelmente não fará nenhum ponto, não chegará a nenhuma super-pole, talvez nem fique à frente de seu companheiro de equipe, por pior que seja... mais que isso, pode ser que nem termine a temporada... basta aparecer alguém com mais dinheiro e já era sua vaga... aliás... seria melhor ter guardado essa grana e pegar um cockpit mais eficiente...

Fui!
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

“Cultura de Tolo”




Desde o início de sua carreira, Raul Seixas inovou a cultura brasileira, trazendo músicas com letras admiráveis(muitas com influência esotérica), e ainda assim tornando-se popular no Brasil. Censurado, chegou a ser exilado por um tempo do país, sem nunca deixar de ter seu espaço nos rádios. Ícone da contracultura, inspirou diversos artistas e foi um dos pioneiros do rock’n roll brasileiro, principalmente na questão da letra. Contudo, na atualidade o popular está se tornando cada vez mais industrial e a música passa a seguir padrões de execução. Raul seixas e suas influências fazem cada vez mais falta no quadro artístico contemporâneo para os que apreciam uma música que não se limita a clichês.
Em seu início, Raul cantava numa banda intitulada “Raulzito e o os Panteras”, com letras e melodia que já levavam a influência do Rock’n roll e das músicas típicas da Bahia, sua terra natal. No ano de 1972 participou da FIC(Festival Internacional do Canto), com as músicas “Let me sing” e “Eu sou eu, Nicuri é o Diabo”. A Primeira misturava os ritmos do Baião e do rock, algo inovador na MPB.
Logo começou a carreira solo e seus primeiros sucessos no disco “Krig-Há Bandolo!” como compositor ao lado de Paulo Coelho, sendo eles “Metamorfose Ambulante” e  a venerada “Ouro de Tolo”. No período da Ditadura, porém, “Sociedade Alternativa”(segundo disco) não foi muito bem visto pelo governo levando-o ao exílio.
De volta ao Brasil, após o explosivo sucesso do segundo álbum(Gita), continuou sua carreira com letras cada vez mais críticas e mesmo ácidas. Nas palavras de Tom Tob Azulay “Raul respirando já estava provocando”. A censura, no entanto já não era tão ativa, o que não impediu que em seus últimos discos, faixas como “Rock das Aranhas” e “Aluga-se” ainda tivessem impedimento de exibição em rádio.
Ao fim do disco “Abre-te Sésamo” as gravadoras, cientes de futuras polêmicas e censuras, passaram a recusar contratos com Raul, que após muita procura, desiste de novas gravações. Na falta de shows, vê-se abandonado pela mídia e ao fim desse período grava outros discos sem tanta repercussão no vai-e-vem de sua saúde. Entra em turnê com Marcelo Nova, da banda “Camisa de Vênus” e grava seu último disco solo, “A Pedra do Gênesis”. Ao seu lado grava seu último Álbum em vida, “Panela do Diabo”, que contém faixas com letras exploradas no lado obscuro da vida e dos sofrimentos de Raul com as drogas e o abandono. A importância desse último momento para o foco da reportagem é a recusa de Raul seixas a se dobrar” às exigências  das gravadoras, e consequentemente a recusa a seguir padrões musicais que já naquele tempo existiam.
As letras de suas músicas, em geral, tinham grande influência mística, além das ávidas críticas e de suas indagações, que alcançavam mesmo um teor filosófico. Segundo Pedro Bial, apresentador:” A música ‘“Ouro de Tolo”’passou pela censura porque sua mensagem não chegou a ser entendida, era muita mais inteligente que, por exemplo, o último samba de Chico Buarque na época”
Sua influência sobre futuras bandas como Ultraje a Rigor, Titãs, Ira!, Legião Urbana, Barão Vermelho e outros sucessos do passado é mais que considerável. A música popular com qualidade lírica já existiu no passado, quando os artistas não levavam o comércio como prioridade como no mundo atual, a música com apelo industrial e foco econômico , bem como a disponibilidade de artistas a se submeterem às exigências empresariais  que criam ondas de “modas” momentâneas  e impedem bandas que exploram ideais de ter um lugar no panorama cultural.
Faltam ideais, falta coragem, falta filosofia, falta riqueza lírica, é necessária uma menor influência empresarial na cultura brasileira. Nessa sociedade de cultura comercial e friamente calculada, dessa “cultura de tolo”, falta Raul.
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Globo x Record


                                                       




         O quanto vale a nossa informação? Com certeza  bem menos que o orgulho da Globo, já que o nosso saber está sujeito a uma guerra extra - campo entre duas emissoras de TV aberta.
          Globo x Record, de um lado os gafes mais absurdos da Olimpíadas, do outro UFC “ ao vivo”.
          Record  com o bolso vazio de tanto que gastou ( 80 milhões  de dólares pagos pelos direitos de transmitir as Olimpíadas com exclusividade pela TV aberta, quanto de pontos de Audiência  que não chegaram nesses 16 dias  de jogos a 10 pontos em média.
         Claro que sem os direitos de Londres 2012 o monopólio da Globo foi quase tão ofendido  quanto o orgulho “estrela de telinha”.
         Convido agora você leitor a ver os dois lados dessa novela digna de “vale a pena ver de novo”. De um lado, Ana Paula Padrão levando o bispo Macedo a arrancar os cabelos depois de chamar o “Jornal da Record” de “Jornal da Globo”, onde trabalhou por alguns anos. Do outro lado. A emissora Globo de televisão fazendo biquinho e se recusando em mostrar os brasileiros em ação na capital inglesa, tendo em vista que teria que mostrar o logo da TV Record ou a seguinte frase: “imagens cedidas pela TV Record”.
          Agora, só nos basta escolher o que é pior: Uma informação amadora ou informação nenhuma. 
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São expostos os desenhos de John Lennon em galeria de NY


                   




          Além das músicas, os fãs de John Lennon poderão apreciar o seu outro lado artístico em Nova York a primeira semana de Outubro. A exposição abrirá acesso a 100 desenhos e esboços feitos por Lennon. Os desenhos De John consistem de esboços rápidos e a técnica oriental a tinta sumi.
          O invento abrange a semana do 72º aniversário do ex-Beatle. As obras remetem aos anos de 1964 a 1980, e foi interrompido por sua a tiros em frente ao seu apartamento em Manhattam.
          A sua viúva, Yoko Ono, é quem apresenta e exposição bem como a Bag One Arts e Legacy Productions. É sugerida a doação de US$2 e os fundos ajudarão a fundação Citymeals-on Wheels
         A exposição vai até o dia 9 de outubro na 130, Prince St., no bairro SoHo, em Nova York.
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P.L.U.C.K. - Arte e Genocídio

Poucas pessoas hoje em dia sabem o que foi a Genocídio Armênio, pois é muitas vezes encoberto pelo Holocausto Nazista, mas ainda hoje existem muitas fontes de informação sobre essa matança dos armênios e uma uma dessas fontes levou isso para o lado artístico. A banda System of a Down composta por integrantes de descendência armênia, fala sobre esse assunto de forma crítica.
O Genocídio Armênio ou Holocausto Armênio foi a deportação e o massacre de mais de um milhão e meio de armênios durantes os anos de 1915 a 1917 pelo governo turco. Um dos protestos usados pelo governo era que " o extermínio desse povo colocaria a Turquia no caminho requerido ". Essa época foi marcada pela brutalidade nos massacres e pela deportação que geralmente ocasionava na morte dos armênios.
Desde 1998, no lançamento do sue primeiro álbum a banda já mostrava sua indignação a respeito do genocídio. Em sua música P.L.U.C.K, a banda fala e crítica, com o objetivo de conscientizar o maior número possível de pessoas sobre esse massacre injusto. E não parou por aí, após o lançamento de discos posteriores a banda participou de um documentário em 2006 sobre o genocídio chamado Screamers. A banda começou vários projetos para conscientização sobre o extermínio armênio, eles trouxeram isso para a América para aumentar o reconhecimento sobre esse assunto.
Tendo isso em vista, o reconhecimento do Genocídio Armênio era pequeno no mundo e hoje, graças ao esforço da banda System Of a Down, essa brutalidade é vista como o grande assassinato que foi, e eles acreditam que um dia isso possa ser ensinado nas escolas, como o grande primeiro genocídio do século XX.

GABRIEL ZACCÁRO
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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Kick-Ass


Kick-Ass é um filme sobre um adolescente nerd viciado em quadrinhos que decide fazer algum bem para a sociedade vestindo uma roupa de mergulho (uniforme de super herói).
Nosso Bruce Wayne da classe média alcança um sucesso gigantesco na internet quando é filmado tentando brigar com dois caras que são o dobro de seu tamanho.
Porém, sua jornada heróica realmente começa quando ele tenta acabar com o ex-namorado da garota que gosta a pedido da mesma. Sem nenhum super poder ou arma de fogo ele se vê encurralado, mas é salvo por dois outros heróis (e dessa vez realmente heróicos), Hit Girl e seu pai que é um ex-policial com sérios problemas com o chefão do trafico da cidade.
Cômico e cheio de sangue falso, Kick-Ass nos apresenta uma realidade trágica do nosso mundo misturado com o toque de ficção que todos nós desejamos em nossa vida.
Meu conselho? Compre uma pipoca bem gostosa; deite em baixo do cobertor para rir com os maravilhosos Nicholas Cage, Chlöe Moretz e Evan Peters; e tenha certeza que aproveitou bem o seu sábado à noite sozinho em casa.

Por: Gabriela Migoto
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Remédio

Nasceu. Chorou. Automaticamente. Retomou a consciência, ou melhor, adquiriu-a.
Entendia porque a pouco havia chorado, Percebia que onde estava não era bom, ao contrário, era horrível. Sentiu uma agonia, uma náusea, indescritível. Desesperado, chorou.
Os pais,ao perceberem que o bebê chorava, deram-lhe o remédio.
Alguns minutos e o remédio fez efeito.
Ele não mais chorava, via tudo de um modo diferente. Pela janela, árvores de galhos espiralados radiavam, preenchidos de flores celestes. Na calçada, andavam sérios, porém brandos homens, dirigindo-se ao trabalho para mais um dia alegre. Donas de casa saíam à padaria comprar pão para fazer o café da manhã. Sentados no banco da praça, um casal de mãos dadas estreitava seus laços amorosos. Tudo era lindo.
Dias se passaram, e o efeito passou. A náusea voltou, e com ela o choro.
Novamente seus pais deram-lhe o remédio.
O efeito passava, davam-lhe o remédio. E assim foi feito sucessivamente.
Passaram-se anos, e Fernando R. Cardoso era agora um homem feito, 36 anos. Já não tomava remédio, longe disso, nem ao menos se lembrava que um dia havia tomado o remédio. Trabalhava num escritório. Ganhava pouco, trabalhava muito, mas não tinha de que reclamar.
Estava sentado, fazendo os cotidianos relatórios, feliz por viver naquele generoso mundo. Pela janela, árvores de galhos espiralados radiavam...

Postado por: Paulo de Mello
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